sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Yamaha Vmax, a vedadeira Hot rod das motos!

Hoje conheceremos um pouco mais de um dos maiores ícones da indústria de motocicletas mundial, uma moto cultuada e reverenciada por motociclistas nos quatro cantos do planeta. Tudo começou em outubro de 1984, quando a Yamaha revelou ao mundo sua Vmax modelo 1985, inicialmente vendida somente nos Estados Unidos, apresentando um motor V4 de 1200cc que rendia declarados 145 Hps, e que cobria a distância dos 400m (prova de arrancada) em apenas 11 segundos, e era chamada de “American Hotrod”

Modelo 1985, vendido apartir de outobro de 1984, somente nos Estados Unidos.

O que poucos admiradores deste bólido talvez saibam, é que o projeto inicial contemplava a presença de um turbocompressor, porém devido à falta de espaço e a alta potência extraída do V4, mesmo aspirado, o turbo acabou não fazendo parte da versão final do projeto. Mesmo com esta restrição de espaço devida as grandes dimensões do motor, os projetistas acharam uma solução: o chamado sistema V-Boost. Este sistema consiste basicamente em um sistema que libera a abertura de dutos de admissão extras, que são fechados em baixa rotação por borboletas, e estas são abertas acima dos 6000 RPM, aumentando consideravelmente a potência.

Modelo 1986, lançado no mercado europeu, com 104 Hp, e sem o V-boost.

O ano de 1986 foi de grande euforia para o mercado europeu, pois o lançamento da V-max, que causara tanto frisson no mercado americano, finalmente estava disponível para este mercado. Porém, algumas restrições, impostas pelas leis de alguns países, fez com que a versão local tivesse sua potência reduzida para 104 HP, sem a presença do V-boost. Porém, seu sistema de freios foi otimizado, apresentando discos de maior diâmetro, e pistões mais eficientes.

Modelo 1990, o primeiro a apresentar ignição eletrônica digital.

De 1986 a 1989, foram efetuadas pequenas mudanças, e em sua grande maioria estéticas, como a coloração preta dos escapamentos e das entradas de ar (scoop), em substituição aos tradicionais cromados. Porém, para o modelo 1990, a inovação ficou por conta da adoção de um sistema de ignição eletrônica digital, e o lançamento no mercado japonês.

Bola fora: edição especial de 20 anos, não apresentou nada de especial.

Ao longo dos anos, modificações e aperfeiçoamentos sempre foram executados, porém a essência do modelo se manteve a mesma. Para 2005 a Yamaha planejou uma edição especial comemorativa dos 20 anos do modelo, o que gerou uma grande expectativa entre os admiradores, revendedores e consumidores da marca. No entanto, apresentava apenas uma pintura especial, novas rodas e uma placa comemorativa, com número de série e edição limitada.

Mas em 2007, a Yamaha resolveu remodelar totalmente sua Hot Rod, apresentando seu novo modelo, que certamente não decepcionou, superando as expectativas dos fãs e entusiastas do modelo no mundo todo.
Agradecimento a sugestão de post de meu amigo Alexandre Oliveira.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

AS MOTOS MAIS CARAS DO MUNDO

Em uma época em que todos falam somente em crise, na falta de dinheiro e crédito, as vendas de motocicletas e automóveis deram uma esfriada, o que forçou o mercado a reduzir drasticamente seus preços, e aumentar a oferta de serviços agregados para poder vender. Porém, existe um segmento do amplo mercado mundial que não se importa muito com isso, pois suas compras são feitas a partir da premissa: o mais caro é o mais exclusivo. Assim, apresento hoje as grandes vedetes deste mercado e sonhos de consumo de nós, simples mortais: AS MOTOS MAIS CARAS DO MUNDO.
Em quarto lugar, apresentamos a exclusiva MV Agusta F4 CC (foto acima), criada pela famosa e sofisticada marca italiana para ser uma motocicleta especial, feita para atender este nicho exclusivo, com a proposta de ser única. Suas especificações: velocidade máxima de 315 km/h, 198 HP, extraídos de um motor quatro cilindros com exatas 1098cc. Cada exemplar ostenta uma placa, perto da coluna de direção com seu respectivo número de série, de 1 a 100, pois somente 100 afortunados desfrutarão deste raro prazer, pela bagatela de 133.745 US$, ou, na cotação de hoje, R$ 301.000. Preço sugerido sem taxas de importação.

Já na terceira posição em nosso ranking das de maior valor é ocupada pela MTT Turbine Superbike, movida por nada menos que uma turbina de avião, fabricada pela inglesa Rolls Royce, capaz de produzir acima dos 300 HPs, o que lhe garante o título, registrado no Guiness Book, de “A motocicleta mais potente já fabricada em série, no mundo”. Apresenta muitos componentes em fibra de carbono, que garantem leveza e resistência a sua carroceria, possui uma câmera na parte traseira com monitor LCD, detector de radar que funciona em 360°, e também ficou famosa no cinema, fazendo parte do elenco do filme “Fúria em duas rodas”, produção Hollywoodiana sobre motos velozes. Custo do brinquedo:US$ 150.000, ou R$ 338.000!

Cena do filme “Fúria em duas rodas”
Na vice-liderança de nosso ranking, aparece a concept bike Macchia Nera ,produzida utilizando como base o motor da Ducati 998RS, onde os engenheiros e projetistas italianos, tinham como objetivo construir uma motocicleta para as pistas, sem restrições em orçamento, utilizando a mais alta tecnologia disponível. O motor Testastretta da Ducati, foi encaixado em um chassi e estruturas totalmente fabricados com os metais mais leves e resistentes, como o titânio e alumínio. Apesar do fato de não possuir produção em série, quem possuir US$ 201.000 (R$ 453.000) sobrando, provavelmente poderá possuir um brinquedo novo e exclusivo.

O troféu de moto mais cara do planeta em linha de produção fica para a famosa Dodge Tomahawk, de produção limitada em apenas uma centena de unidades, essa imponente máquina ostenta o motor Dodge V10 de impressionantes 8.3 litros, atinge impressionantes 400 km/h e rompe a casa dos 100 km/h em apenas 2,5 segundos. Preço sugerido? Um quarto de milhão de dólares, ou algo em torno de R$ 560.000. Uma boa forma de presentear-se no Natal!
fonte: most-expensive.net

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Grandes marcas: MOTO GUZZI

Devido à instalação aqui no Brasil das marcas japonesas, de sua forte influência e volume de vendas em nosso mercado, aliado a grande fama e prestígio da americana Harley-Davidson, os motociclistas e apreciadores das duas rodas em nosso país acabam conhecendo muito pouco das grandes marcas européias. Existem na verdade um grande número de marcas a serem citadas, entre elas as inglesas: Triumph, BSA, Norton e Royal Enfield; as alemãs BMW, Zundapp ( da extinta Alemanha Oriental), NSU, Adler e Victória; e como não citar as belas e potentes macchinas Italianas: Ducati, Benelli, Garelli, Gilera, Mondial, Bimota, Piaggio e a marca que conheceremos um pouco mais no dia de hoje, a Moto Guzzi.


Alguns motociclistas e conhecedores do assunto provavelmente conheçam esta tradicional marca européia, fundada em 1921, na cidade de Mandello del Lario, na Itália, onde liderou por muitos anos, desde sua fundação, o mercado de motos na Itália, aproveitando o sucesso e prestígio das famosas corridas de motos ao redor do mundo. O que poucos sabem é que a Guzzi é a marca fabricante de motocicletas mais antiga da Europa, considerando uma produção contínua e ininterrupta, desde sua fundação até os dias de hoje.

Tudo começou quando dois pilotos do Corpo Aeronáutico Militare e seu mecânico, chamados Carlo Guzzi, Giovanni Ravelli e Giorgi Parodi, ficaram amigos durante a primeira guerra mundial, e idealizaram a "Società Anonima Moto Guzzi". Porém, poucos dias antes do final da guerra, o piloto Ravelli morreu em combate. Os dois amigos homenagearam criando a logomarca da empresa com uma águia, em sua homenagem.O crescimento do prestígio da marca veio mesmo com seu sucesso nas pistas, como por exemplo a saudosa vitória nas duas categorias principais, conquistada pelo piloto oficial da marca Stanley Woods, na famosa corrida da Ilha de Man, em 1935.

Assim como todas as marcas que sobreviveram as duas guerras, a Moto Guzzi experimentou alguns tipos diferentes de configuração de motor, porém os que mais se destacaram nas épocas áureas da marca foram às versões: monocilíndrica, 500cc, quatro tempos, que equipava a moto de competição de Stanley Woods, e o lendário V8, 500cc, que rendia extraordinários(para a época) 72HP e atingia a incrível marca de 270 km/h nas pistas, em 1955.
Mesmo utilizando consagrados motores nas pistas, o grande ícone da Moto Guzzi, que equipa as versões atuais de sua linha de produtos, é o exclusivo V2 a 90°, disposto de forma tranversal, com os cilindros expostos para fora. Dono de um ronco e torque inconfundíveis, este é sem dúvidas, um dos ícones da marca, equipando suas versões esportivas ( a V11, por exemplo), custom ( a linha Califórnia) assim como sua linha naked (representada pela Breva).

Detalhe do motor V2 a 90° no modelo Breva.

Edição especial da V11, chamada de V11 Sport Scura

Califórnia Special equipada, essa é de família (meu pai).

A belíssima Griso

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Corrida de Sidecars: velocidade e muita coragem!

Um dos principais pontos em comum entre motociclistas e dos admiradores destas máquinas maravilhosas é, sem dúvida, a velocidade. Porém, este fator vem sempre associado ao perigo e a manobras de alto risco, que são inevitáveis para que possamos sentir esta sensação de liberdade que a velocidade e perigo proporcionam. O que poucos admiradores do mundo do motociclismo conhecem, e que me proponho apresentar agora, são as corridas de sidecar, onde piloto e co-piloto atuam como um time, e o mínimo erro pode significar uma indesejada queda, a mais de 200 km/h!
Tudo começou nos idos de 1949, quando o famoso campeonato de motovelocidade (que já acontecia na não menos famosa ilha de Man, na Inglaterra, desde 1907) passou a incluir esta modalidade em seu calendário, aumentando ainda mais o número de categorias em suas corridas, e certamente contribuindo para a emoção e adrenalina do evento, incluindo um esporte radical, veloz, extremamente técnico, com um espírito de equipe e muita coragem como pré-requisito para sua participação. (E convenhamos, uma certa dose de loucura!)
Loucura talvez seja o maior atributo das destemidas duplas participantes destes campeonatos, pois suas motos equipadas com sidecar, são nada menos do que versões mais baixas (com a linha de visão mais perto do solo, que aumenta a aerodinâmica e sensação de velocidade) das motocicletas superesportivas, fazendo com que estes foguetes "voem baixo" quase que no sentido literal da expressão.

A técnica de piloagem exige, além da coragem e loucura, uma técnica apuradíssima para utilizar o peso dos integrantes como pêndulo para aumentar a velocidade e estabilidade nas curvas, conforme esquema abaixo:

Posição para curva á direita

E posição para virar á esquerda
O site oficial do campeonato de sidecars é:
https://www.iomtt.com/News/2007/02/02/Sidecar-Team-Profiles.aspx e este link leva direto á pagina do campeonato e suas respectivas equipes. Para terminar, um emocionante vídeo desta corrida, sob o ponto de vista dos pilotos, com uma câmera on board:

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Superbike personalizada, mais exclusiva ainda!

O mercado atual de motocicletas ao redor do mundo todo apresenta uma vasta gama de modelos, marcas e estilos, que poodem ser cross, trail, trial, custom, naked, supersport, entre outros. Um estilo em específico, o das superesportivas, sempre foi sinônimo de status, velocidade e exclusividade. A cerca de uma década atrás, possuir uma SRAD, uma Ninja, uma CBR (das grandes), uma R1, ou a rainha delas, a GSXR-1300 Hayabusa, era garantia de diferenciação, e para os proprietários da Hayabusa, a casa dos 300km/h era quase exclusiva.
Uma moto original, mesmo que uma superesportiva, apesar de apresentar ítens opcionais, além de cores e versões de motorização, pode ser retirada da revenda exatamente igual a outra já vendida. Para quem possui cerca de R$ 80 mil para a compra de seu veículo duas rodas, possuir uma identidade própria em sua máquina passou a ser essencial, pois bastava possuir o mesmo poder aquisitivo, que outra pessoa, mesmo que não entenda ou goste destas máquinas fantásticas, pode andar com um brinquedo igual ao seu...Qual foi a solução? A personalização de suas motos, podendo ficar restrita ao visual, ao motor, uma pintura especial, rodas e acessórios, ou o que a imaginação ( e o bolso, é claro) permitir.

Conforme sugere o próprio nome, a customização é algo pessoal, e portanto, muitas vezes de gosto discutível, mas mesmo assim merecedor de nossa admiração. A moto acima, uma R1, foi customizada de forma a tornar-se uma moto mais leve, com diminuição da carenagem, retirada de alguns componentes, cor e grafismos personalizados, ou seja, ao estilo do dono.

Já esta Busa pussui uma série de modificações e acessórios, como rodas especiais, rebaixamento da dianteira, pintura exclusiva, escape esportivo, alongamento da balança traseira e kit monoposto, além de alguns acessórios e partes cromadas.

Algumas customizações, conforme citado anteriromente, são de gosto bastante peculiar, como exemplo essa SRAD transformada em trike, que apesar de parecer um serviço de primeira, deve agradar provavelmente o dono, o transformador e um grupo de amigos, coniventes com este crime!

Mas, temos de concordar que a grande maioria das customizações termina em um grande e admirável resultado quando os ítens modificados ou trocados apresentam harmonia entre sí, ajudando a destacar os grandes customizadores e os proprietários de suas máquinas maravilhosas!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Visual e exclusividade com a Balança Monobraço

Uma das formas de customização mais interessantes para melhorar o visual de uma moto e que se adapta muito bem ao estilo tanto das choppers quanto das superbikes, é a instalação de um kit para conversão da balança traseira original por uma com sistema monobraço. Este tipo de balança, como sugere o próprio nome, conecta-se a roda por apenas um dos lados, diferente da maioria dos estilos de balança, que normalmente prende a roda pelos dois lados.
A grande vantagem prática, sem contar a beleza, fica por conta da simplicidade para a retirada da roda, que fica mais fácil do que em um sistema convencional, pois na maioria dos kits de conversão, são retirados alguns parafusos ou apenas um, na ocasião da troca de um pneu,ou reparo de uma roda. Na prática, fica muito semelhante à retirada de uma roda de carro. Ao contrário do que se imagina, este estilo de balança traseira não é uma novidade, pois, no final dos anos 40, precisamente em 1949 uma motocicleta alemã chamada Imme já possuía o sistema e em 1950, o mesmo já estava presente na Moto Guzzi Galetto. Algumas motocicletas atuais saem originais de fábrica apresentam esse sistema, como exemplo as BMW HP2 Sport e as Ducati 1098 e alguns modelos da Inglesa Triumph.


O mais interessante, em termos de visual, é a exposição total (pelo menos em um dos lados) da roda, o que embeleza a moto e valoriza o design da roda e do conjunto final, fazendo das máquinas equipadas com este sistema, um pouco mais exclusivas, além de proporcionar um pequeno ganho em relação ao peso versus potência, sempre bem vindo em qualquer moto!


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A HISTÓRIA DAS CHOPPERS

Com o retorno dos soldados americanos após a segunda grande guerra, os mesmos pareciam decepcionados com as motos fabricadas em seu país (Harley e Indian), pois haviam pilotado máquinas mais leves, rápidas e divertidas em sua estadia no velho continente. Assim, passaram a customizar suas motocicletas, pois suas marcas nacionais não estavam dispostas a isso. Não sabiam, mas estavam criando o embrião de um dos estilos de customização mais cultuado e difundido no mundo todo: as famosas CHOPPERS!

O termo Chopper, vem do verbo em inglês “To Chop”, que significa literalmente cortar, ou mais precisamente, remover partes desnecessárias, reduzir paralamas ou outros componentes em busca de um visual clean e customizado, assim como leveza suficiente para também priorizar a velocidade. O ato de cortar (ou encurtar) algumas peças é chamado em ingês de Bobbing, que deu início ao primeiro nome desta forma de customização, chamado na ocasião de BOBBERS. Aproximadamente na década de 1970, elas passaram definitivamente a ser chamadas como conhecemos até hoje, Choppers, e o filme Easy Rider, estrelado por Peter Fonda e Dennis Hopper, ajudou a mostrar ao mundo e popularizar o estilo Chopper.

Após a era da disseminação do estilo, as pessoas passaram a procurar formas de se obter uma Chopper, porém, devido a ausência de oficinas especializadas na transformação, os motociclistas passaram a “produzir”, a partir de motos originais, suas próprias versões, ao melhor estilo “faça você mesmo”.As peças retiradas das motos eram normalmente: parabrisas ou carenagens, paralamas dianteiros, bancos muito grandes, protetores de motor, faróis dianteiros muito grandes, entre outros.Outra característica marcante do estilo é o alongamento das bengalas, que faz com que a roda dianteira se distancie do quadro da moto, produzindo um visual único, muito apreciado pelos americanos. O guidão também era modificado, muitas vezes era levantado, ou então substituído por um composto de uma barra reta, conferindo um visual diferenciado em ambas as opções.

Quanto às rodas, a dianteira apresenta um pneu mais estreito e de aro grande, podendo até apresentar 21 polegadas de diâmetro, e a traseira utiliza aros menores, de 15 ou 17 polegadas, mas com pneus extremamente largos, podendo chegar a incríveis 350 mm de largura! O tanque e o farol dianteiro são menores que o original, ou em alguns casos customizados, alongados ou assumindo formas diferenciadas, para redução de peso e para proporcionar o visual exclusivo.

Uma confusão muito comum entre leigos ou até mesmo entre apreciadores das duas rodas é o de chamar de Chopper qualquer motocicleta, principalmente uma original modelo Custom. Muitos acham que uma Harley-Davidson, Indian, Intruder, Vulcan, Marauder, entre outras customs originais, são Choppers, porém, como acabamos de apresentar, uma Chopper é uma moto modificada, e segue uma linha específica de customzação. Portanto, as motos citadas acima somente serão Choppers se passarem por tais transformações.

O estilo Chopper é mais do que uma simples customização de uma motocicleta, é sim um estilo de vida, uma identidade, de raízes históricas e com muita personalidade, que desde os tempos em que foi criado, até os dias de hoje, oferece destaque e exclusividade ao piloto, além de prazer ao pilotar sua máquina exclusiva!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Réplica da Ducati campeã da Ilha de Man em 1978

Uma das corridas mais tradicionais do motociclismo mundial é disputada anualmente no famoso circuito da Ilha de Man. Neste circuito foram consagrados muitos pilotos, como Mike Hailwood e marcas como a italiana Ducati, que dispensa grandes apresentações. Para homenagear tanto o piloto quanto a esquipe vencedora do ano de 1978, a NCR, empresa de customização de motos situada na cidade de Bologna, Itália, lançou, em parceria com a Ducati, esta réplica batizada de NCR Mike Hailwood Isle of Man TT Replica para ser vendida para 100 sortudos no mundo todo, pela bagatela de 100 mil Euros!
Esta verdadeira macchina foi construída utilizando como base a Ducati 900SS, e apresenta uma cilindrada superior, agora com 1120cc, dois cilindros, que produz 130 hp a 7.000 RPM. O quadro é feito de titânio soldado a laser. Para completar o pacote racing, apresenta garfo dianteiro Öhlins FGR900, que é utilizado no moto GP, assim como discos de freio Brembo, de 300mm na dianteira e 200mm na traseira. As rodas de liga ultraleve são fabricadas pela empresa sul-africana BST.

Detalhe da suspensão dianteira e quadro de instrumentos digital.

Vista da lateral traseira.

Sistema de freios Brembo, rodas BST e suspensão Öhlins, utilizadas no Mundial de Superbike.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

BMW LoRider, uma Cafe Racer moderna?

Recém mostrada ao público como protótipo pela BMW em Milão na Itália, esta bela máquina, batizada de LoRider, expressa o puro sentimento dos Cafe Racers modernos, pois trata-se de uma motocicleta Naked, com assento monoposto, rodas raiadas, mecânica feita para velocidade e despida de muitos adereços, para tornar-se leve e veloz, e é claro, com muito estilo racer!

Apesar do estilo retrô, a tecnologia está presente em sua melhor forma: suspensão dianteira invertida (upside down), balança traseira monobraço, cardã, freio dianteiro com 6 pistões e o consagrado motor BMW 1200 boxer de 100 hp, que dispensa apresentações.

Apesar de aperentemente despojada, esta bela maquina, descendente da mais nobre linhagem de veículos da Bavária, apresenta uma grande lista de opcionais, entre eles três configurações de bancos (biposto e monoposto), escapamentos personalizados, quatro opções de pintura do tanque e três opções de acabamento do motor. Só nos resta torcer para que este protótipo entre em linha de produção para embelezar as ruas do mundo todo!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Híbrido de motocicleta e tanque militar.

Pode até parecer estranho a primeira vista, mas este híbrido que utiliza elementos de tanque e motocicleta, pode ser considerado, certamente um veículo interessante. Produzido na segunda grande guerra, foi fruto da criação de um alemão chamado Heinrich Ernst Kniepkamp, em Junho of 1939, e batizado de Kettenkraftrad, type HK 101.

O projeto contemplava um veículo pequeno, apesar de robusto, com motor forte para levar pequenas cargas em terreno montanhoso e atingir altas velocidades de cerca de 85 km/h (para a época, claro!). Foi produzido pela NSU, com motor Opel quatro cilindros de 1478cc e algumas peças produzidas pela fancesa Simca. Até 1943, foram vendidas 8345 unidades, e após o término da guerra, mais 550 Kettenkraftrads foram preoduzidos, até sua descontinuidade em 1948. Mais detalhes sobre história e especificações técnicas no link abaixo.

sábado, 8 de novembro de 2008

Cafe Racer, um estilo de motociclismo.

Café Racer, pode ser definido como um estilo tanto de motocicleta quanto de motociclista, e teve sua origem entre os “rockers” ingleses, nos anos 60, espalhando esta cultura rapidamente por países como a Itália e Alemanha.


Estes jovens rebeldes procuravam um estilo próprio em suas motocicletas, que lhes proporcionasse diferenciação e velocidade. Seu objetivo principal era romper a barreira dos 162 km/h (ou 100 milhas/h, chamado pela expressão “Ton”), que deu origem ao chamado" Ton up club " ( os que andavam acima desta velocidade).
A origem do nome remete a tradição entre os “racers” (ou corredores), que saiam dos cafés nas recém construídas estradas inglesas, e sua diversão ficava na disputa em que o racer deveria sair do café e cumprir um circuito de ida e volta, antes que uma música, geralmente estilo Rockabilly, terminasse de tocar no jukebox.

O estilo de customização de uma Café Racer seguia as tendências das pistas de corridas da época, apresentando tanque alongado, assento monoposto curto, guidão estilo mocho (composto por uma ou duas barras), e pedaleiras recuadas para aumentar a ergonomia e reforçar a esportividade. Muitas delas eram despidas de acabamentos e adereços para beneficio do desempenho, assim como muitos motores eram mexidos, para este mesmo propósito. Algumas delas ostentavam carenagens ou semi-carenagens de época.

As principais marcas desta primeira fase eram as inglesas Norton, BSA, Triumph, ou um misto delas, como exemplo, as famosas “Tritons”, que utilizavam quadro de Norton Featherbed com motor da Triumph Bonneville. Depois vieram as italianas, como as Guzzi e alemãs, a exemplo das BMW. Porém, no início dos anos 70, as marcas japonesas passaram a dominar o mercado e as competições de motociclismo, assim, aos poucos as Café Racers passaram a ser construídas utilizando como base as Hondas, Yamahas e Kawasakis.

Café Racer pode ser definido como um estilo, uma ideologia, para o motociclista de perfil diferenciado, amante da velocidade e da tradição européia de pilotar, que pode ser comparado aos apreciadores das Choppers ou Bobbers americanas, que representam culturas de motociclistas que tiveram seu início no pós guerra, com a customização de suas máquinas, retirando componentes que consideravam desnecessários com o objetivo de leveza e velocidade.