quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

MOTO É PARA O VERÃO?

Nesta época do ano nos deparamos com uma situação típica: vários "novos motociclistas" ou "motociclistas de verão" passam a desfilar com suas intrépidas máquinas maravilhosas de duas rodas aproveitando o aumento da temperatura e do suposto sol que deveria acompanhar a quente e aguardada estação do ano chamada Verão.
Como meu pai, motociclista há 50 anos, sempre diz: moto é para se andar no inverno! Mas se um motociclista com essa experiência faz uma afirmação dessas, por que muitos insistem em investir em uma motocicleta neste período do ano?  E mais, depois disso põem á venda ou abandonam seu cavalo de aço até outro fim de ano???
Simples, vamos primeiro aos argumentos que defendem seu uso no inverno:

  • No inverno conseguimos andar mais facilmente equipados. Afinal, quem gosta de vestir calça, jaqueta e capacete fechado quando faz 30ºC ou mais?
  • O verão é a estação mais quente e CHUVOSA do ano, com as famosas "chuvas de verão", rápidas, porém com muito volume de água.
  • No inverno os preços de motos e seus respectivos acessórios são mais baratos, pois resta apenas os que realmente gostam e preferem as motos como meio principal de transporte.
  • No final de ano temos muitos motoristas de final de ano (incluindo motociclistas), que saem com suas máquinas maravilhosas desprovidos de perícia ou tampouco experiência, tornando esta época crítica para passeios com segurança, afinal, no trânsito, o perigo maior são "os outros".
  • Por último, temos dois fatores: férias e álcool. Como muitos estão sem trabalhar, e portanto sem horários e sem necessidade de se manterem sóbrios, temos a combinação de ociosidade e bebida, o que para nós, motociclistas pode gerar um grande desastre, pois os motoristas do mal necessário chamado carro já não nos respeitam em condições normais, imagine então embriagados e na praia!!!
Cadê o capacete e demais equipamentos, Sr. Ronaldo? Foto: www.abril.com.br 


E o casal de capacete, está realmente protegido? Foto: www.globo.com  
  

Depois destes argumentos, fica fácil chegar a conclusão de que o inverno é a melhor estação para as motos:

  • Temperatura agradável quando equipado;
  • Menor incidência de chuvas;
  • Menor número de motoristas ocasionais;
  • Menor número de motociclistas irresponsáveis;
  • Preços de motos mais atrativos.
Ótima tarde para todos! 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A DIFÍCIL HORA DE TROCAR DE MOTO

Olá amigos e leitores,

Depois de um longo período sem postagens, voltarei a expressar e dividir com vocês a minha paixão pelas queridas duas rodas e os assuntos sobre tais máquinas maravilhosas.

Hoje gostaria de abordar: Motos, sonho de consumo, quando comprar e quando vender?

A inspiração veio com aquele sentimento que nós motociclistas temos de sempre querer mais: mais cilindradas, mais velocidade, e muitas vezes, mais uma moto!

Na verdade, estou em um grande impasse: se pudesse, teria algumas motos em minha garagem: uma esportiva, uma custom, uma chopper (sim, elas são bem diferentes...), uma trail, e porque não, algumas antigas. Porém, a realidade nos leva a duas principais restrições, a financeira, que não contempla somente o valor de aquisição, mas também a manutenção e os pesados impostos sobre essas belas máquinas; e o problema de espaço, que em meu caso, utilizo uma garagem para meu carro (mal necessário) e minha moto.

Para os casados (meu caso, também) temos a terceira restrição: aprovação da patroa, que nem sempre entende essa necessidade de termos ( e renovarmos) nossas máquinas  (observem o plural)!

Quando se tem espaço, alvará (rs) e orçamento para apenas uma moto, acredito que esta deva ser sua "cara-metade" em termos veiculares, o que nos leva ao seguinte problema: qual seria a moto ideal? A que te ajuda a vencer o trânsito louco ou a que te satisfaz em altas velocidades na estrada? A econômica ou o bólido?

Queria eu saber realmente responder esta questão...

Outra decisão importante, e que para nós, apaixonados por motos, chega a ser quase impossível, é o desapego pela máquina que nos serviu e trouxe muitas alegrias na hora de sua venda. Mesmo que seja para uma troca para muito melhor, o sentimento fica! 

Neste caso o que fazer? Ficar com as duas? Iniciar uma coleção? Este é o meu impasse atual! 

Gostaria de algumas opiniões, se possível!







 

sexta-feira, 24 de julho de 2009

DOWNLOAD GRATUITO DE MANUAIS

Caros amigos,
Ao tentar localizar o manual do proprietário de minha Intruder 250, que comprei sem o mesmo, acabei localizando um site russo que disponibiliza para download vários manuais de motos:
O site apresenta uma série de manuais dos mais diversos modelos de motos, exemplo:
CB 350, CB400, XT 600, NX 250, Suzuki GT 380, Kawasaki ninja (todos os modelos e anos), Alguns modelos da Ducati, KTM e até algumas BMW.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Chopper "original" ?!

Conforme já conversamos em post anterior, intitulado " A história das choppers", a essência de uma motocicleta que pode verdadeiramente ser chamada por este estilo tão marcante é primeiramente uma moto customizada, com várias modificações ou até mesmo projetada para ser única. Porém a Honda, assim como a grande maioria das grandes montadoras, decidiu aproveitar algumas formas marcantes deste estilo, como o tanque alongado; motor em "V" envolvido por um quadro mais alto que chega a mostrar o outro lado da moto; o garfo alongado; paralamas mais curtos, entre outros, para criar sua versão "Chopper": a Fury 2010.Desenho oficial do projeto, direitos autorais reservados a Honda Motor Company
Contudo, o conceito de chopper, em sua mais pura concepção é o de uma máquina exclusiva, customizada e essencialmente uma moto diferente das que saem da linha de produção, mesmo que tais modificações sejam poucas, pois a intenção dos pilotos de choppers, além do visual agressivo e diferente, inclui a retirada de itens considerados por eles desnecessários, como paralamas, espelhos, contagiros, e mais alguns ítens que fazem muito "peso" em suas motos. Mas a iniciativa da Honda é muito interessante, pois mesmo que exclusivas, as Choppers tem uma identidade e uma linha de customização muito semelhantes, e ao comprar uma Honda Fury, o piloto fica mais próximo de um resultado final satisfatório, com poucas modificações!
Com um motor em V dois cilindros e de exatas 1312cc, esta máquina vai proporcionar a muitos a oportunidade de andar em uma chopper, com boa motorização e principalmente mais barata, se comparada aos projetos caríssimos de choppers feitas sob medida. Alguns especialistas dizem que o estilo está ultrapassado, mas ao meu ver, um clássico está sempre a frente de seu tempo!





quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Hubless Wheels: motos com pneus, mas "sem" rodas!

Uma das formas de customização mais curiosas para motocicletas, que causam certo espanto, admiração e apreensão, principalmente entre os que nunca viram uma antes, é o que os americanos chamam de hubless wheel, ou em bom português, “roda oca” ou “vazia”. Algumas motocicletas apresentam essa tecnologia somente na roda traseira, porém existem os que integram esta tecnologia na dianteira e na traseira.
A primeira vez que vi uma motocicleta assim em uma revista, acredito que tenha sido no site da revista americana Hotbike www.hotbikeweb.com , fiquei impressionado e um tanto curioso ao imaginar como teriam sido resolvidos os “problemas” cridos pelas funções da parte traseira da moto: tracionar, parte da frenagem e, é claro, algum tipo de suspensão para aliviar os solavancos na traseira. Assim, pesquisei um pouco e a próxima imagem será muito útil para auxiliar a compreensão:


O pneu está deslocado para fora da roda, onde se observa facilmente a passagem da corrente da transmissão, com um pinhão do tamanho da roda, ajudando a parecer que não existe, tornando a roda aparentemente oca. O mesmo ocorre com o disco de freio, normalmente colocado do outro lado da “roda”, como demonstrado na próxima foto:

Independente de como é feita, esta forma de customização pode fazer com que sua chopper se destaque entre as demais, pois poucas motocicletas terão o nível de tecnologia aplicada, misturada com a curiosidade de saber como é possível ter uma motocicleta com pneu, mas sem roda, que fazem destas maquinas equipadas com a tecnologia Hubless Wheels, as mais exclusivas da área.

Como se trata de uma tecnologia, a mesma pode ser aplicada a outros tipos de motos, apresar das choppers serem os exemplos mais comuns, pois seus donos investem pequenas fortunas para deixar sua maquina a mais exclusiva, custe o quanto custar. A aplicação em outros estilos é menor, e para ilustrar, exemplifico com o projeto abaixo, uma Ducati de competição:

Motor Bike
by Roger F. Bastow, Senior Designer


Apesar de que virtualmente qualquer motocicleta possa receber este sistema, nada como uma chopper customizada com o sistema hubless, pois as choppers transmitem esse sentimento de rebeldia, misturado a alta tecnologia aplicada e exclusividade, fazendo com que este estilo se torne o mais adequado para esta e outras formas arrojadas de customização. Feliz 2009!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Yamaha RD 350, a famosa e admirada "viúva negra"

Última versão nacional RD 350 R 1992, que deixou muita saudade.


A clássica e temida RD 350, ao contrário do que muitos afirmam , teve sua história iniciada no final dos anos 50, mais precisamente em 1957, no Japão, berço da Yamaha, como um projeto para competições. A primeira de todas as motocicletas a ostentar a poderosa e imponente sigla RD (R de Racing e D representava a 250 cc), foi uma máquina desenvolvida para o Campeonato Mundial de Velocidade de 1961, e chamava-se RD 48. No ano seguinte, foi lançada a RD 56, já com o famoso câmbio de seis velocidades.

RD 350 1973, o início de um mito no Brasil.

No ano de 1973, a Yamaha lançou sua linha RD, com os seguintes modelos: 250, a 350 e as menores RD90, RD125 e RD200. Mas foi a 350, conhecida como “viúva negra” que se tornou um símbolo nacional, pois, mesmo com uma cilindrada inferior, fazia frente às temidas CB750 da Honda, pois aproveitava ao máximo duas características, maior leveza e motor dois tempos. Em sua evolução, foram adicionadas tecnologias como: disco na roda traseira (importante, pois ela sempre andou muito mais do que poderia parar), ignição eletrônica CDI, e passou a trabalhar com refrigeração líquida (por isso a famosa inscrição em sua lateral Liquid Cooled).

RD 350 Export 1989, com ela aprendi o que é realmente acelerar!

Mas certamente a maior inovação tecnológica desta lenda foi a adoção do sistema YPVS (Yamaha Power Valve System) ou sistema de válvulas especiais da Yamaha, que consiste em um sistema de válvulas que fecha a saída do escapamento, controlada por um motor elétrico, acionado eletronicamente. Este sistema aumenta o rendimento em baixas rotações, aumentando o torque neste regime de RPM (abaixo dos 5000), tornando a moto menos arisca, abaixo desta rotação. Porém, após os 5 mil RPM, é aberto um segundo estágio no acelerador, e a coisa começa a ficar divertida. Lembro-me que aos 13 anos de idade eu descobri a sensação de ultrapassar este estágio, em um dia que deixei minha DT 250 ano 1974 na garagem e pedi emprestado ao meu pai, que possuía uma RD 1989 preta. Poucos dias em minha vida ficaram tão marcados em minha memória, pois a velocidade, aliada ao ronco estridente do motor dois tempos me fazem ficar arrepiado só de lembrar a ocasião. Ótimos tempos.

Meu pai e sua RD “carenada” em maio de 1975, descendo a serra da Graciosa.
Durante minha vida, principalmente na infância, convivi com algumas destas máquinas, pois meu ídolo (que também chamo de pai) teve a felicidade de possuir alguns exemplares destas maravilhas em duas rodas. Em minha contas, foram pelo menos 5 delas, duas 350 da década de 70, uma exclusivíssima RD 400 ano 1976 e mais duas carenadas, uma branca 1986 ( a primeira de Curitiba) e uma preta 1989. Eu e meu pai com a RD 350 cor tijolo 1975, reparem a alegria do aprendiz de piloto (foto de 1981) Meu irmão Rodrigo “pilotando” a RD 400 1979 ( talvez uma das únicas do Brasil) E assim como nós, as motos também evoluem, e um dos ícones da linhagem RD que jamais foi vendida no Brasil, permanece em minha mente como um sonho de consumo. Falo da RD 500 V4, lançada em 1986 (junto com as primeiras 350 carenadas no Brasil). Essa máquina consiste em praticamente dois motores de RD, que possuíam dois cilindros, juntos em um fantástico V4 de dois tempos, 499cc, 88 HP e atinge cerca de 230 km/h.

E finalmente sua evolução, a RZV modelo 2008 com 135 HP que transmite a essência de esportividade das primeiras RDs, e carrega consigo a responsabilidade de dar continuidade a um mito, que para nós brasileiros teve sua produção encerrada em 1992, e nos deixou muita saudade e ótimas lembranças.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Yamaha Vmax, a vedadeira Hot rod das motos!

Hoje conheceremos um pouco mais de um dos maiores ícones da indústria de motocicletas mundial, uma moto cultuada e reverenciada por motociclistas nos quatro cantos do planeta. Tudo começou em outubro de 1984, quando a Yamaha revelou ao mundo sua Vmax modelo 1985, inicialmente vendida somente nos Estados Unidos, apresentando um motor V4 de 1200cc que rendia declarados 145 Hps, e que cobria a distância dos 400m (prova de arrancada) em apenas 11 segundos, e era chamada de “American Hotrod”

Modelo 1985, vendido apartir de outobro de 1984, somente nos Estados Unidos.

O que poucos admiradores deste bólido talvez saibam, é que o projeto inicial contemplava a presença de um turbocompressor, porém devido à falta de espaço e a alta potência extraída do V4, mesmo aspirado, o turbo acabou não fazendo parte da versão final do projeto. Mesmo com esta restrição de espaço devida as grandes dimensões do motor, os projetistas acharam uma solução: o chamado sistema V-Boost. Este sistema consiste basicamente em um sistema que libera a abertura de dutos de admissão extras, que são fechados em baixa rotação por borboletas, e estas são abertas acima dos 6000 RPM, aumentando consideravelmente a potência.

Modelo 1986, lançado no mercado europeu, com 104 Hp, e sem o V-boost.

O ano de 1986 foi de grande euforia para o mercado europeu, pois o lançamento da V-max, que causara tanto frisson no mercado americano, finalmente estava disponível para este mercado. Porém, algumas restrições, impostas pelas leis de alguns países, fez com que a versão local tivesse sua potência reduzida para 104 HP, sem a presença do V-boost. Porém, seu sistema de freios foi otimizado, apresentando discos de maior diâmetro, e pistões mais eficientes.

Modelo 1990, o primeiro a apresentar ignição eletrônica digital.

De 1986 a 1989, foram efetuadas pequenas mudanças, e em sua grande maioria estéticas, como a coloração preta dos escapamentos e das entradas de ar (scoop), em substituição aos tradicionais cromados. Porém, para o modelo 1990, a inovação ficou por conta da adoção de um sistema de ignição eletrônica digital, e o lançamento no mercado japonês.

Bola fora: edição especial de 20 anos, não apresentou nada de especial.

Ao longo dos anos, modificações e aperfeiçoamentos sempre foram executados, porém a essência do modelo se manteve a mesma. Para 2005 a Yamaha planejou uma edição especial comemorativa dos 20 anos do modelo, o que gerou uma grande expectativa entre os admiradores, revendedores e consumidores da marca. No entanto, apresentava apenas uma pintura especial, novas rodas e uma placa comemorativa, com número de série e edição limitada.

Mas em 2007, a Yamaha resolveu remodelar totalmente sua Hot Rod, apresentando seu novo modelo, que certamente não decepcionou, superando as expectativas dos fãs e entusiastas do modelo no mundo todo.
Agradecimento a sugestão de post de meu amigo Alexandre Oliveira.